Palinologia
A Palinologia estuda os grãos de pólen e esporos (fósseis e atuais). Grande parte dos palinólogos utilizam este termo para designar o estudo de palinomorfos encontrados nas rochas sedimentares. Os palinomorfos representam partes preservadas de vários organismos ou estruturas orgânicas, com dimensões variando entre 10 e 500 micra. Nos palinomorfos são incluídos esporos, pólenes, microrganismos planctónicos e bentónicos com carapaça não mineralizada (dinoflagelados, quitinozoários, acritarcas). Muitos palinomorfos, especialmente pólenes, esporos e dinoflagelados, tendem a ser mais abundantes que outros fósseis. A esporopolenina, principal componente das paredes dos palinomorfos é provavelmente um dos compostos orgânicos mais inertes quimicamente (Lígia Sousa). Atualmente, qualquer estrutura microscópica que resista ao ataque com os ácidos HCl, HF, H2NO3, NHOH3, assim como a outras substâncias químicas igualmente corrosivas, poderá ser designada por palinomorfo (Jansonius & McGregor, 2002).
Importância da Palinologia
A palinologia é importante para a Estratigrafia na medida em que dá indicações acerca da idade relativa (tempo geológico) dos sedimentos e permite caracterizar os ambientes em que se formaram os sedimentos que contêm os palinomorfos. Por exemplo, os esporos e pólenes permitem-nos conhecer a evolução da vegetação na Terra; os microrganismos planctónicos (que flutuam) e/ou bentónicos (que vivem junto ou enterrados nos fundos) dão-nos indicações acerca da idade relativa dos sedimentos e permitem estimar a profundidade, temperatura, luminosidade e salinidade das águas dos mares (e/ou lagos) em que viveram. A palinologia ajuda-nos a conhecer melhor a evolução do planeta Terra, principalmente no que diz respeito à geografia e climas (Lígia Sousa).