Palaeogomphosphaeria cauriensis

Acritarcas do Neoproterozóico em Portugal: Palaeogomphosphaeria cauriensis, Palacios (1989).

O que são?

Palaeogomphosphaeria cauriensis, Palacios, 1989, pode comparar-se com espécies de cianobactérias actuais da Ordem Pleurocapsales ou, com maior certeza, da Ordem Chroococcales (Palacios, 1989).

Apresenta grandes semelhanças morfológicas e paleoecológicas com a atual cianobactéria planctónica Gomphosphaeria Kutzing (Ordem Chroococcales), com representantes marinhos e de água doce.

Palaeogomphosphaeria cauriensis é formada por cápsulas esféricas com ornamentação reticulada a microreticulada, com uma disposição radial de vesículas alongadas ao redor de um núcleo interno. As células apresentam-se em forma solitária ou em agrupamentos de vários indivíduos. Também podem apresentar bainhas de especto hialino.

Que tamanho tem?

O seu tamanho que varia entre 2 e 20,8µm (Palacios, 1989)

Que idade tem?

Espanha, Formação Cíjara (secção do rio Alagón). Por comparação com outros fósseis é estabelecida a idade Ediacariano superior, sem descartar a sua extensão para o Câmbrico inferior e o Ediacariano inferior e médio.

Como viveu?

O aspecto ecológico do género atual, Gomphosphaeria Kutzing, tem comparações morfológicas e ecológicas com B. faveolata. Além disso dentro da Ordem Chroococcales incluem-se numerosos géneros planctónicos capazes de assimilar os fosfatos e nitratos das águas eutróficas, para dar “booms”.

Referências

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Moorman, M. (1974). Microbiota of the Late Proterozoic Hector Formation, southewestern Alberta, Canada. J. Paleont. 48, pp. 524-539.

Palacios Medrano, T. (1989). Microfosiles de pared orgânica del Proterozoico superior (región central de la Península Ibérica). Memorias del Museo Paleontologico de la Universidad de Zaragoza, 3,2, 91pp.

Sequeira, A. J. D. (2011). Microfósseis do Grupo das Beiras (Monfortinho – Salvaterra do Extremo, Beira Baixa, Portugal Central). LNEG – Laboratório Nacional de Geologia e Energia. Disponível online em Outubro de 2011.

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