Mineração subterrânea
Pela Serra de Monforte (ou do Povo) distribuem-se várias áreas de mineração
com origem na Idade do Ferro, de que se destacam duas: o Aljube do Pó e o
Aljube da Tinta.
Aljube do Pó
O "Aljube do Pó" tem esta designação uma vez que lá se extraiu uma areia muito finausada para arear de
latão. A designação local de "aljubes" para este tipo de minas é interessante dada a sua
derivação do termo árabe aljubb ou gubb,com significado de cisterna ou poço e parece ter relação com o
topónimo da vizinha Sierra de Aljibe,que faz parte da Sierra de San Pedro
e onde se situa o importante povoado proto-histórico de Aliseda. A Mina do Pó dispõe-se segundo uma
orientação que acompanha falhas com uma orientação
NE_SW. Atualmente existem dois acessos: dada a sua pequena profundidade,parte da abóbada quartzítica que
formava o tecto da mina,com cerca de 5 m
de altura máxima,abateu. Mas o acesso original fazia-se pelo sul,ao nível da primeira câmara,através de
arco sustentado por muro no seu lado direito que se abre em zona ampliada do ressalto
litológico. Logo na entrada são abundantes as escórias que testemunham a fundição do ferro à boca da mina.
O espaço amplo da mina divide-se em dois patamares, sendo o mais interior
sobrelevado em cerca de 2 m. Nos dois patamares separados pelo afloramento
existem pequenas galerias de prospecção, de pequeno diâmetro.